(inspirado em um poema homônimo de Ana
Castillo)
Eu lhe peço o impossível:
que me ame agora e para sempre.
Me ame mesmo quando nem mais puder falar.
Me ame como os monges gostam de
pregar.
Quando o mundo inteiro
lhe disser para parar de me amar,
Me ame ainda mais!
Finja-se de surdo e continue a me amar!
Quando ficar zangado a ponto de
me esquecer o nome,
Me ame que a raiva passa e a dor some!
Me ame! Me ame na hora do seu tédio,
me ame e o tédio já sumiu!
Me ame no desfile de miss Brasil.
Me
ame como sempre me amou!
Eu quero um grande amor
e não um admirador!
Quero o carinho de um rosto familiar,
alguém que me entenda só pelo olhar.
Me ame quando se sentir sozinho.
Me ame quando pensar que vai morrer.
Me ame quando não tiver o que fazer.
Me ame como uma lembrança da infância
e, se não houver nada pra lembrar,
nem segredo, cicatriz e nem lugar,
imagine um e me coloque lá.
Ame as minhas rugas, as espinhas e o
andar.
Ame os meus caprichos e os meus dias de
luar!
E eu prometo que vou fazer com que o
impossível
vire o que comemos no jantar:
Amar você agora e sem parar!
No comments:
Post a Comment